
Os por baixo do pano, ora conhecidos como Atos Secretos, convivem no Senado da República há décadas, mas como foram descobertos, como os chineses descobriram a pólvora, os incêndios ocorreram, mas não queimaram ninguém. Apenas lesões morais das quais os políticos se curam com solidariedade dos sujos e dos limpos. Diz-se limpos os que, nessa, não foram apanhados nos "escondidinhos" ou nas "vantagensinhas" oferecidas a filhos, netos e candidatos a genros, mas se mancomunaram com a "restauração das imagens" através das plásticas dos arquivamentos unilaterais, forçados e prepotentes, ditados a uma maioria parlamentar comprometida com interesses menores.
O julgamento dos políticos é, deveras, muito difícil. O dito julgamento pelo povo resulta em farsa indescritível, pois quanto pior o político mais este se reelege. O julgamento pela Justiça Eleitoral é frágil, pois a legislação eleitoral é manipulada no parlamento, para conduzir a vida dos políticos. O julgamento corporativo é conhecido por "pizza" e os Tribunais não se furtam ao voto político.
Os mandatos devem ser curtos e a renovação a máxima da democracia, abolida a reeleição, mesmo ao poder legislativo. O povo sabe, e muito bem, que "o costume do cachimbo põe a boca torta" e não custa, também, lembrar o grande Eça de Queiroz: "Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pelas mesmas razões".
(Por Humberto Ribeiro de Queiroz)
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