segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Renovar ou morrer


Os por baixo do pano, ora conhecidos como Atos Secretos, convivem no Senado da República há décadas, mas como foram descobertos, como os chineses descobriram a pólvora, os incêndios ocorreram, mas não queimaram ninguém. Apenas lesões morais das quais os políticos se curam com solidariedade dos sujos e dos limpos. Diz-se limpos os que, nessa, não foram apanhados nos "escondidinhos" ou nas "vantagensinhas" oferecidas a filhos, netos e candidatos a genros, mas se mancomunaram com a "restauração das imagens" através das plásticas dos arquivamentos unilaterais, forçados e prepotentes, ditados a uma maioria parlamentar comprometida com interesses menores.

O julgamento dos políticos é, deveras, muito difícil. O dito julgamento pelo povo resulta em farsa indescritível, pois quanto pior o político mais este se reelege. O julgamento pela Justiça Eleitoral é frágil, pois a legislação eleitoral é manipulada no parlamento, para conduzir a vida dos políticos. O julgamento corporativo é conhecido por "pizza" e os Tribunais não se furtam ao voto político.

Os mandatos devem ser curtos e a renovação a máxima da democracia, abolida a reeleição, mesmo ao poder legislativo. O povo sabe, e muito bem, que "o costume do cachimbo põe a boca torta" e não custa, também, lembrar o grande Eça de Queiroz: "Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pelas mesmas razões".

(Por Humberto Ribeiro de Queiroz)

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