domingo, 20 de março de 2011

Quadrilha contrabandeou R$ 50 milhões em óculos



Giovani Santos/SESP
Depois de cinco meses de investigação, Polícia prendeu onze pessoas e fechou óticas no Paraná.


















A polícia acabou com um esquema de contrabando de óculos que funcionava há cerca de 10 anos em quatro estados e causou prejuízo de aproximadamente R$ 50 milhões. Nesta sexta-feira (18), policiais civis e militares trabalharam para cumprir 25 mandados de prisão e 90 de busca e apreensão no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

Foram presos 16 suspeitos – quatro em Paranavaí, sete em Curitiba e cinco em Minas Gerais. Foram apreendidas cerca de 100 mil peças de óculos, fuzis, e granadas. O balanço da Operação Ilusão de Ótica será divulgado em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira (18), no 1.º Distrito Policial, centro de Curitiba.

Cinco meses de investigações da Delegacia de Estelionato e Desvios de Cargas levantaram evidências de que redes de óticas de Curitiba e Belo Horizonte (MG) receptavam mercadorias de origem chinesa, que entravam no Brasil pelo Paraguai. As redes Visomax e Grupo Vega, de Curitiba, e Centro Óptico, de Belo Horizonte, adulteravam notas fiscais para legalizar os produtos e sonegar imposto de renda.

CHEFES – Os levantamentos da polícia apontam que a quadrilha era chefiada pelo ex-deputado federal por Minas Gerais e atual presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Belo Horizonte, Francisco Sales Dias Horta, e tinha como subchefes Adriana Dias Horta e Francisco Sales Dias Horta Neto. Funcionários e familiares serviam como laranjas para a criação de empresas de fachada.

O prejuízo causado aos cofres públicos com a sonegação fiscal é de aproximadamente R$ 50 milhões, acumulados nos últimos dez anos. Todos os envolvidos serão indiciados por receptação de carga de origem ilícita, formação de quadrilha, falsificação de documentos público e particular, lavagem de dinheiro, estelionato, sonegação fiscal, ameaça, corrupção, adulteração e comercialização de produtos nocivos à saúde, comunicação falsa de crime, apropriação indébita e fraude previdenciária.

O delegado-chefe da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC), Cassiano Aufiero, explica que o trabalho de investigação continua em busca de outras pessoas que tenham envolvimento com a quadrilha, e há possibilidade de ex-funcionários públicos federais e estaduais terem contribuído na sonegação dos impostos.

Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-3--693-20110318-201103191-1-97503

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