domingo, 18 de outubro de 2009

Senado a fantasia

Um colegiado que conviveu com os encantos de Heloisa Helena, desfilando de bermuda pelos seus corredores, sem conferir a adequação do traje aos cânones senatoriais, não pode nem deve se assustar com um senador fantasiado, brincando em suas dependências.

É um exagero do Sen. Tuma chamar a peça curta e vermelha de calcinha, aludindo à indumentária feminina. É um calção, Senador! E calção do Super Homem, tipo que está faltando no Senado da República, para combater e afastar do funcionalismo e do plenário os “Honoráveis Bandidos”, mensaleiros, nepotistas, turistas com dinheiro público e seus acólitos – aqueles que os protegem com pareceres e votos de arquivamento das bandalheiras.


Nem comparar o Senado de Supla com o de Barreto Pinto. Naqueles tempos o Senado era casa honorável e senador “varão de Plutarco”. Barreto Pinto “sujou” – como dizem os jovens de hoje -, mas, se o Sen.Tuma admite que Barreto foi punido por “motivação política”, é de se perguntar: que motivação outra existe para as decisões dos senadores, depois do fiasco recente do Conselho de Ética?


Se houvesse um plebiscito, o povo diríamos que a irreverência do “Super Homem” é infinitamente menos ofensiva aos brios do Senado Federal de hoje do que a reprovada (por nós) conduta do seu presidente e seus áulicos – fantoches em traje aprovado de senador, que os livra da fantasia que deviam ostentar por mérito.
(Por Humberto Ribeiro de Queiroz)

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