Vanusa deve ter lá os seus problemas e nem pretendo entrar no mérito a esse respeito... Pobre coitada, a infeliz teve um desgraçado momento e eu, como brasileira que viu um de seus símbolos máximos ser tão aviltado, perdôo a pobre diaba na tentativa de, assim, não retirar-lhe a nanodignidade de sua pessoa humana (se é que restou alguma para não ser retirada!).
Talvez porque tenha visto refletida neles toda a covardia e inércia que permeia o povo brasileiro, talvez porque não tenha encontrado nenhum resquício de dignidade naquela massa passiva (eu disse passiva e não pacífica!) que não se prestou a defender o Hino Nacional Brasileiro e a nanodignidade da Vanusa...
A verdade é que não os perdoarei JAMAIS por não terem reagido ante o lamentável episódio e, ao não reagirem, perderam a excelente oportunidade de praticarem uma ação verdadeiramente solidária, ética, honrada, educada, elegante... Ah, como os odeio por terem perdido tal oportunidade!
Houvesse um Brasileiro com B maiúsculo entre os presentes e imediatamente teria puxado o coro em socorro à artista decadente.
O Hino Brasileiro, cantado assim, em socorro a uma artista nas manhãs de setembro, entoado com correção e brio até dispensaria uma perfeita afinação para que tivesse o poder encantado de desenhar novos contornos e rumos no nosso jeitinho de ser e de viver brasileiro.
Mas, não, aquele bando de cordeiros que se denominam agentes públicos permaneceu impassível (exceto alguns, poucos, que fizeram caras e bocas) ante o pastoreio da ignomínia. Pensaram, com isso, que estavam sendo gentis, polidos, elegantes e educados.
Aliás, pensando bem, Vanusa deu um espetáculo exatamente à altura de um evento que reúne agentes públicos, infelizmente, mas é isso o que comprovou a (falta de) reação dos gajos.
E a partir de agora começo a ensaiar o Hino Nacional todas as manhãs antes de sair de casa: no espelho, que é para quando precisar acudir um compatriota decadente em apuros eu poder fazê-lo e contagiar o bando.
Que Deus me ajude a decorar a letra, porque a música eu cantarolo bem!
(por Tânia Mandarino)
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